vc repórter: consumidor diz ter comprado carne com verme em GO
O consumidor Ricardo Fernandes Castro Costa, morador da cidade de Valparaíso, em Goiás, disse ter comprado uma carne com verme no dia 16 de abril. Segundo ele, o produto foi adquirido em um mercado da região e preparado apenas dois dias depois. Porém, a data de validade da carne, produzida pela JBS-Friboi, se estendia até 25 de maio.
“A carne e a embalagem estavam em ótimo estado, embalada a vácuo, no freezer. Após preparar a carne e comer alguns pedaços, vi algo estranho e encontrei este verme, o que me deixou muito constrangido na frente de minha filha que perdeu a fome e teve ânsia de vômito. Minha mulher passou mal quando viu e também vomitou”, afirmou o consumidor. “Estou com muito nojo de comer carne, fico pensando se a mesma é própria para o consumo. Me sinto enganado”, completou.
Ricardo disse ter tentado entrar em contato com a Friboi por meio do serviço de atendimento, mas não teve sucesso. Ele apelou então para a página da empresa no Facebook. O consumidor enviou uma mensagem privada à companhia com a foto do produto e logo no dia seguinte obteve uma resposta.
“Eles entraram em contato comigo e falaram que iam me dar uma cesta, uma bolsa térmica com um kit de feijoada e não aceitei”, disse. Ricardo contou que a Friboi tentou um acordo, mas que ele não aceitou e contatou o Ministério da Agricultura.
“Eles (Friboi) falaram que queriam analisar a carne, mas como vou dar a prova para a própria pessoa que me vendeu? Quem garante que não vão sumir com essa carne? O produto está na minha casa, congelado”, disse.
O consumidor afirmou que aguarda uma resposta do ministério para entrar com uma ação na justiça contra a Friboi. Segundo Ricardo, a pasta deverá enviar uma resposta ao consumidor em até 60 dias. “Se o ministério quiser retirar a carne aqui na minha casa para fazer testes, podem levar”.
Confira na íntegra a posição da JBS-Friboi em relação ao caso:
“A JBS informa que recebeu a manifestação do consumidor Ricardo Fernandes de Castro Costa através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) no último dia 23/04/2013 por meio de uns dos canais de comunicação que disponibiliza. Com as informações passadas, o caso foi encaminhado para as áreas responsáveis, seguindo o procedimento padrão de atendimento, iniciando assim, o processo de análise e investigação para verificar a procedência dos fatos.
Verificado todas as informações passadas pelo consumidor, inclusive as fotos que o mesmo encaminhou do suposto corpo estranho encontrado, as áreas responsáveis não evidenciaram nenhuma possibilidade de contaminação do produto durante todo o processo produtivo. Além das análises internas realizadas, a JBS solicitou a um Doutor Acadêmico que analisasse as fotos enviadas pelo consumidor para tentar identificar o suposto corpo estranho encontrado, entretanto, apenas pelas imagens cedidas não foi possível fazer a identificação e uma análise laboratorial seria necessária para a possível identificação do suposto corpo estranho reclamado.
A JBS entrou em contato com o consumidor solicitando sua autorização de agendamento para realizar a troca do produto reclamado e assim enviá-lo para serem feitas as análises que poderiam fornecer um esclarecimento mais detalhado. O consumidor se recusou a realizar esse procedimento. Mais uma vez, a JBS se prontificou a ressarcir o valor pago pelo produto, de modo que o consumidor não tivesse qualquer tipo de prejuízo. Essa opção também foi descartada por ele.
Segura de ter feito tudo o que estava ao seu alcance, inclusive, cumprindo todas as exigências do Código de Defesa do Consumidor para tentar satisfazer o consumidor e não deixá-lo sem informações ou mesmo um prejuízo financeiro, a JBS permanece à disposição para prestar mais esclarecimentos.”
O internauta Ricardo Castro, de Valparaíso (GO), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.